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Os laticínios e a saúde do coração: saber escolher

Lacticínios: amigos de uma alimentação saudável ou perigosos para o coração? A resposta está em como os escolher.

Os laticínios, como o queijo e os iogurtes, são alimentos recomendados em todas as idades e devem fazer parte da alimentação diária. O teor de cálcio, fósforo, magnésio, proteínas e vitaminas fazem destes produtos alimentos completos. Assim, o seu consumo diário é recomendado. Mas nem todos os laticínios são iguais. Saiba quais são os diferentes tipos de alimentos lácteos e o impacto que têm na saúde do coração.

Os laticínios e a saúde do coração: saber escolher

A ingestão diária de leite e derivados, nas doses recomendadas, contribui para prevenir a osteoporose, a diabetes tipo 2 e a hipertensão arterial (tensão alta). Isto devido ao potássio que contêm e que promove, por sua vez, uma redução da pressão arterial. No entanto, nem todos os laticínios são iguais quando falamos na saúde do coração. Tenha em consideração os tipos de laticínios que consome e o impacto que podem ter na sua saúde.

 

Uma dieta saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver doença coronária, diabetes e hipertensão e impedir o aumento de peso. Aliás, segundo a Roda dos Alimentos, o guia que nos ajuda a escolher e a combinar os alimentos que devem integrar a nossa dieta alimentar, o grupo dos laticínios deve representar 18% daquilo que ingerimos diariamente. Isto significa, em termos práticos, que a população em geral deve ingerir duas porções de laticínios por dia sendo que as crianças e os adolescentes devem consumir três.

A importância de controlar hábitos alimentares

A Federação Portuguesa de Cardiologia estima que dois terços da população adulta portuguesa tenha o colesterol elevado, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença coronária. «Para evitar eventos cardiovasculares», alerta, «é necessário prevenir esta situação». Começar pela alteração de hábitos associados ao estilo de vida que dependem do controlo individual será certamente uma boa aposta.

 

No que toca à alimentação, o consumo de grandes quantidades de gordura saturada e gordura trans é o principal fator responsável pelo aumento dos níveis de colesterol. A gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, como carne vermelha, sobretudo de animais ruminantes e seus derivados como enchidos e produtos semelhantes, mas também nas vísceras, nos laticínios e, ainda, em produtos de pastelaria e confeitaria.

 

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A saúde do coração começa na alimentação equilibrada

Laticínios: completos ou com baixo teor de gordura? 

A relação dos laticínios com a saúde cardíaca é mais complexa do que se pensa. Já que a maioria dos estudos efetuados se têm concentrado na associação entre a gordura láctea e os fatores de risco cardiovascular não examinando a relação com o início real das doenças cardiovasculares.

 

Ainda assim, a The Heart Foundation recomenda a pessoas com doença cardíaca ou níveis elevados de colesterol o consumo de laticínios como leite, iogurte e queijo com baixo teor de gorduras, embora admita não existirem evidências suficientes para afirmar que são preferíveis aos laticínios integrais.

 

Já a manteiga não deixa espaço para dúvidas. Pesquisas efetuadas demonstram que aumenta o colesterol. O bom e o mau, sendo que o aumento do colesterol mau se sobrepõe claramente ao aumento do colesterol bom, afetando as pessoas que já têm colesterol alto. Por isso, podem utilizar-se substitutos mais saudáveis como o azeite, o abacate, a manteiga de noz, de amendoim, de avelã ou de amêndoa.

Gelados e sobremesas lácteas: sim ou não?

Por não integrarem os alimentos constituintes de uma dieta considerada saudável para o coração devido ao seu teor de açúcar e gordura, e a uma menor quantidade de proteínas, vitaminas e sais minerais do que outros alimentos lácteos, a mesma The Heart Foundation recomenda que sejam consumidos apenas de vez em quando e em pequenas quantidades.

 

A mesma entidade, no entanto, lembra que para manter uma dieta saudável para o coração não se torna essencial consumir laticínios. Para compensar esta falha, há outras alternativas ricas em cálcio. Por exemplo, as bebidas de soja, amêndoa, aveia ou arroz com cálcio adicionado e sem adição de açúcar. Peixe, amêndoas e tofu podem ser, também, boas opções.

 

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Referências
  • Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Fundação Portuguesa de Cardiologia

  • The Heart Foundation

  • British Heart Foundation

  • Harvard School of Public Health

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