Pub
Pub
artigo
imprimir

O que é uma pericardite?

Uma pericardite tem que ver, antes de mais, com o pericárdio (a camada que envolve o coração). Uma inflamação, neste caso, que pode ter consequências graves. Vamos saber mais?

Pericardite é o termo médico que usamos para nomear a inflamação do saco pericárdico, tecido que envolve o coração. O saco pericárdico tem 2 camadas, uma camada serosa visceral (camada mais interna do saco); e uma camada fibrosa parietal (camada mais externa do saco). Entre as duas camadas há uma cavidade que contém um líquido, o líquido pericárdico. Não é, de uma forma geral, uma condição difícil de resolver, contudo, por vezes, pode evoluir para situações de maior gravidade. Saiba mais sobre este assunto neste artigo!

Causas

As causas de pericardite podem incluir:

 

  • Ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou cirurgia cardíaca;
  • Infeção;
  • Doenças inflamatórias sistémicas (como lúpus ou artrite reumatóide);
  • Trauma (lesão no coração ou no peito como resultado de um acidente);
  • Insuficiência renal;
  • Tuberculose;
  • Cancro;
  • VIH.

 

A causa de uma pericardite não costuma ser fácil de determinar. Em algumas situações em que não é possível apurar uma causa, dizemos que estamos perante uma pericardite idiopática.

Tipos de pericardite

A pericardite pode ser agrupada em diferentes tipos, de acordo com o padrão e a duração dos sintomas:

 

  • Aguda: tem início repentino, mas não dura mais de 3 semanas. Nestes casos podem ocorrer episódios futuros de reincidência. Além disso, é importante ter em mente que pode ser difícil para a pessoa distinguir entre a dor de uma pericardite aguda e de um ataque cardíaco ou enfarte do miocárdio.
  • Recorrente: ocorre cerca de 4 a 6 semanas após um episódio de pericardite aguda, sem sintomas no período intermédio.
  • Incessante: tem uma duração de entre 4 a 6 semanas até menos de 3 meses. O que a distingue da pericardite recorrente é que os sintomas são contínuos.
  • Crónica: geralmente é de início lento e dura mais de 3 meses.

Sinais e sintomas

Uma dor no peito descrita como penetrante é o sintoma mais comum de pericardite. No entanto, algumas pessoas descrevem uma dor no peito do tipo pressão. A dor geralmente ocorre atrás do esterno ou do lado esquerdo do peito e pode irradiar para o ombro esquerdo e pescoço. Muitas vezes agrava-se ao tossir, quando o doente se deita ou quando respira fundo e melhora quando este se senta inclinado para a frente.

 

Outros sinais e sintomas de pericardite podem incluir:

 

  • Edema (inchaço) por acumulação de líquidos no abdómen ou nas pernas;
  • Sensação geral de cansaço, fraqueza ou enjoo;
  • Febre baixa;
  • Palpitações;
  • Tosse;
  • Falta de ar.

 

artigo

O que é um derrame pericárdico?

Quem está em risco de pericardite?

Pode afetar pessoas de todas as idades; no entanto, a sua incidência é maior em homens com idades entre os 16 e os 65 anos.

 

No grupo de risco entram ainda as pessoas que desenvolveram pericardite aguda anteriormente, uma vez que o risco de eventual reincidência é superior.

Como é feito o diagnóstico de pericardite?

Para fazer um diagnóstico de pericardite, o seu médico irá observá-lo, auscultá-lo e fazer perguntas sobre os seus sintomas.

 

Podem ser pedidos vários exames como:

 

  • Exames de sangue: normalmente para verificar se há sinais de ataque cardíaco, inflamação e infeção;
  • Eletrocardiograma (ECG): um exame indolor que regista os sinais elétricos do coração;
  • Radiografia (ou Raio-X) ao tórax: para observar alterações no tamanho e na forma do coração;
  • Ecocardiograma: onde se observa o seu coração em movimento;
  • Tomografia computorizada (mais conhecida como TAC) cardíaca: para procurar espessamento ou para descartar outras causas de dor no peito súbita;
  • Ressonância magnética cardíaca: para procurar espessamento, inflamação ou outras alterações no pericárdio.

A pericardite tem tratamento?

O tratamento é dependente da sua causa. O tratamento poderá incluir medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos (se a pericardite for causada por uma infeção bacteriana).

 

Por fim, junte-se à comunidade Cardio 365º!

Referências
  • Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC)

  • American Heart Association

  • National Health Service (NHS)

  • Mayo Clinic

artigo
imprimir
anterior seguinte