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Complicações na gravidez com doença cardiovascular

A maioria das mulheres com problemas cardiovasculares passa a gravidez sem problemas. No entanto, devem estar cientes de que têm um maior risco de sofrer complicações. Conheça as principais aqui.

A maioria das mulheres com problemas cardiovasculares passa a gravidez sem problemas. No entanto, devem estar cientes de que têm maior risco de sofrer complicações na gravidez.

 

A gravidez é uma fase da vida da mulher em que o corpo sofre varias alterações e os órgãos principais são sujeitos a esforços adicionais para suportar o crescimento do feto. O coração é um dos órgãos mais solicitados, sobretudo, porque precisa de trabalhar mais para enviar mais sangue através da placenta. E, para que isso aconteça sem problemas, o coração aumenta a quantidade de sangue expelido a cada contração e a frequência cardíaca. No final da gestação, volume de sangue no corpo terá aumentado do 30 a 40%, e a frequência cardíaca subido cerca de 15 batimentos por minuto, em comparação com os valores anteriores. Além disso, um quinto do sangue flui constantemente para o útero.

Complicações na gravidez

Pressão arterial alta e pré-eclâmpsia

 

A doença mais frequente é a hipertensão arterial gestacional (5-10% das gestações). O aumento da pressão arterial (acima de 140/90 mmHg) geralmente ocorre após a vigésima semana de gravidez. Infelizmente, é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal.

 

Se o aumento da pressão arterial estiver associado à proteinúria (presença de proteína na urina), o quadro é definido como pré-eclâmpsia e requer intervenção rápida. Além disso, pode levar a complicações graves. Estas podem ser, por exemplo, disfunção hepática ou renal, dores de cabeça, alterações na visão e sobrecarga de fluidos nos pulmões.

 

O principal impacto da pré-eclâmpsia no feto é o atraso no crescimento devido ao mau funcionamento da placenta. Uma das principais complicações na gravidez da pré-eclâmpsia é o descolamento prematuro da placenta, evidente na hemorragia materna. Além disso, outra possível consequência da pré-eclampsia é o nascimento prematuro. A permanência do feto no útero até o final da gravidez é essencial: quanto mais cedo nasce o bebé, mais graves podem ser as complicações decorrentes.

 

Cardiomiopatia periparto

 

Uma complicação na gravidez mais rara, mas séria, é a cardiomiopatia periparto. Esta pode ocorrer no final da gravidez o nos primeiros meses pós-parto. A cardiomiopatia periparto provoca insuficiência cardíaca de vários graus, com dilatação e redução da capacidade contráctil do coração e nem sempre é reversível.

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Cardiomiopatia ou miocardiopatia: é o mesmo?

Enfarte agudo do miocárdio

 

O enfarte do miocárdio é outra complicação que pode ocorrer durante a gravidez devidos a dissecção aguda, trombose aguda ou vasoespasmo de uma artéria coronária.

Fazer uma avaliação do risco

A European Society of Cardiology (ESC) recomenda aconselhamento e avaliação de risco pré-gestação para as mulheres com doença cardiovascular que desejam engravidar. Além disso, é importante o acompanhamento profissional das especialidades de cardiologia, obstetrícia, ginecologia e anestesia em mulheres já grávidas. É, ainda, recomendado que o acompanhamento méico continue após o parto (idealmente por 1 ano), para avaliar a recuperação da mulher e eventuais complicações para a saúde do coração.

O papel da prevenção

É aconselhável que as mulheres grávidas com doença cardiovascular tentem, por exemplo:

 

  • Evitar ganho de peso em excesso;
  • Minimizar as fontes de stresse;
  • Descansar frequentemente.

 

Tudo isto, com o objetivo de tentar minimizar o esforço do coração. Além disso, uma dieta saudável, exercícios moderados (sobretudo caminhadas), cessão de hábitos tabágicos e de álcool ​​são ferramentas essenciais para uma gravidez saudável.

 

Sente que algo não está certo? Atenção! Pode ser tempo de agir. As complicações na gravidez requerem um intervenção imediata. Entre em contato com o seu médico se tiver sintomas como, por exemplo:

 

  • Dificuldade em respirar ou falta de ar
  • Palpitações cardíacas, ritmo cardíaco acelerado ou pulso irregular
  • Dor no peito

 

Por fim, junte-se à comunidade Cardio 365º!

Referências
  • Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC)

  • Healthline

  • MSD Manuals

  • American Heart Association

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