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A morte súbita não escolhe idades

Hoje vamos falar sobre morte subida: afinal o que é? De que número de casos estamos a falar? E o que podemos fazer? Venha descobrir.

Sabia que a morte súbita de causa cardíaca corresponde a cerca de 20% de todas as mortes? E que tem uma incidência de cerca de 1 por cada 1000 habitantes/ano. Além disso, sabe-se que em dois terços das situações é provocada por doença coronária, contribuindo para a mortalidade desta população em mais de 50% dos casos.

 

Se ainda assim estes números não o deixam alerta, que tal se lhe dissermos a morte súbita cardíaca tem uma mortalidade superior à provocada pela SIDA, cancro da mama e cancro do pulmão em conjunto? Por isso, e porque agir pode estar nas suas mãos, vamos descobrir um pouco mais!

Definir morte súbita cardíaca

A morte súbita cardíaca é definida como sendo uma morte de causa natural, devida a uma doença cardíaca. Esta caracteriza-se por uma perda súbita de consciência que ocorre dentro de uma hora após o início dos sintomas agudos. A doença cardíaca subjacente pode ou não existir previamente, mas o momento e o modo da morte são inesperados.

As doenças cardiovasculares e a morte súbita

Um dos problemas principais é que, na grande maioria dos doentes, a morte súbita é a primeira manifestação de doença cardiovascular.

 

Uma vez que a incidência da doença coronária aumenta com a idade, também os episódios de morte súbita. Isto não significa que a morte súbita possa ocorrer em qualquer idade. Afinal, há outras doenças estruturais cardíacas, não isquémicas, que podem levar a uma paragem cardíaca inesperada.

 

Fazem parte deste grupo doenças como:

 

  • Cardiomiopatias
  • Displasia arritmogénea do ventrículo direito
  • Doenças valvulares

 

Com menor incidência (entre 5 a 10%) pode ocorre também em algumas das chamadas «Doenças Elétricas»:

 

  • Síndrome de Brugada
  • Bloqueios cardíacos completos
  • Síndrome de QT longo

 

Há ainda casos de morte súbita cardíaca familiar e até mesmo uma pancada forte numa pequena área do tórax pode levar à paragem cardíaca, é o chamado «Commotio Cordis». Este pode ocorrer em desportos como o hóquei, basebol ou golfe. Também o consumo de determinados fármacos ou drogas pede levar à morte súbita.

 

Mas o que acontece e o que podemos fazer?

 

O mecanismo principal é uma arritmia fatal, denominada fibrilhação ventricular, que ocorre em 75 a 80% dos casos. Além disso, é também frequente que seja a primeira manifestação de doença cardíaca.

 

Esta arritmia leva à morte em poucos minutos se não for tratada de imediato. É responsável por 95% da mortalidade pré-hospitalar das doenças cardíacas, e a única forma que temos para a reverter é através da aplicação imediata de um choque eléctrico, a chamada desfibrilhação elétrica.

 

No intervalo de tempo entre o início da paragem cardíaca e desfibrilhação elétrica é necessário manter um aporte suficiente de oxigénio ao cérebro, o que se consegue com a implementação do chamado suporte básico de vida. Este consiste na massagem cardíaca externa e no apoio ventilatório.

 

Em caso de dúvida, quer seja do seu risco ou de como proceder, não deixe de perguntar ao seu médico assistente. Afinal, o conhecimento pode salvar vidas!

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