O que é uma crise hipertensiva?

Numa crise hipertensiva há um aumento rápido e súbito da tensão arterial, com valores acima de 180/120 mmHg. A gravidade relaciona-se sobretudo com a magnitude da elevação da tensão e com a rapidez com que se instala. Se não for tratada, a crise hipertensiva pode levar a complicações graves num curto espaço de tempo. Além disso, pode acontecer em qualquer idade e em pessoas que nunca tiveram problemas de hipertensão. No entanto, a crise hipertensiva ocorre sobretudo em pessoas que não estão a receber um tratamento adequado para a hipertensão, numa destas 3 situações:

A pessoa…

• … não sabe que é hipertensa e por isso não está a ser tratada.
• … sabe que é hipertensa, sabe que tem que tomar medicação, mas não a toma de forma correta.
• … apesar de saber que é hipertensa e de tomar a medicação de forma correta, mesmo assim não tem a tensão arterial controlada.

Tipos de crise hipertensiva

Além disso, a crise hipertensiva pode ser classificada em 2 tipos principais.

Urgência hipertensiva

Situação em que há uma elevação marcada dos valores da tensão arterial, sem sinais e sintomas de dano em órgãos importantes.  O tratamento baseia-se no início ou ajuste de medicação anti-hipertensora.

Emergência hipertensiva

Situação em que há uma elevação marcada dos valores de tensão arterial, associada a sinais e sintomas de lesão ou disfunção grave de órgãos essenciais. O tratamento é urgente e deverá ser administrado ao nível hospitalar.

Evitar complicações

É muito importante que a crise hipertensiva seja identificada e tratada rapidamente para evitar complicações nalgum órgão ou que coloquem a vida da pessoa em risco. Os órgãos mais atingidos numa crise hipertensiva são o cérebro, o coração, o rim e os vasos.

As consequências de uma crise hipertensiva podem ser graves e incluem, por exemplo:

• Acidente Vascular Cerebral (AVC)
• Encefalopatia hipertensiva (que se pode traduzir por alterações da consciência e perda transitória da visão)
• Problemas cardíacos: enfarte do miocárdio, dor no peito, insuficiência cardíaca, etc.
• Insuficiência renal aguda

O que fazer numa crise hipertensiva

A crise hipertensiva pode estar associada a vários sinais e sintomas como tontura, náuseas/vómitos, visão turva ou dor de cabeça. Assim que surgirem estes sinais e sintomas é essencial medir a tensão e, caso seja verificada uma grande alteração, ir de imediato ao hospital.

Se tiver valores de tensão arterial superiores a 180/120 mmHg, sem sintomas, deve aguardar uns minutos e medi-la novamente. Caso os valores se mantenham, mas não apresente nenhuns sintomas, marque consulta com o seu médico de família o mais rapidamente possível.

O tratamento da crise hipertensiva pode variar, sendo na maioria das vezes indicado pelo médico o uso de medicamentos para diminuir a tensão arterial (anti-hipertensores). Além disso, para manter a tensão arterial controlada em casa é importante seguir o tratamento indicado pelo seu médico e ter hábitos de vida saudáveis como, por exemplo, a prática regular de atividade física e ter uma boa alimentação, pobre em sal.

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