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É aconselhável o pacemaker em idosos?

Portugal é um dos países com maior número de implantações de pacemakers. Estes pequenos aparelhos controlam o ritmo cardíaco. A sua tecnologia é cada vez mais avançada. Mas será que se deve implantar o pacemaker em idosos? Neste artigo, contamos-lhe tudo.

O pacemaker é um pequeno aparelho elétrico. Implanta-se sob a pele do peito e envia impulsos elétricos ao coração. Deste modo, regulariza o ritmo cardíaco.

Quem precisa de um pacemaker?

Quem sofre de arritmias (alterações no ritmo normal do coração) pode precisar de um pacemaker. Especificamente, a sua utilização está aconselhada nas bradicardias (batimento demasiado lento do coração). Por outro lado, a implantação também está indicada em caso de insuficiência cardíaca. Ora, tanto a bradicardia como a insuficiência cardíaca são doenças comuns em pessoas idosas.

 

Pacemaker em idosos

 

Com o aumento da esperança média de vida, o número de doentes idosos a receber um pacemaker tem vindo a aumentar. O problema é que, muitas vezes, é difícil avaliar os benefícios da implantação nestes doentes. Isto porque, devido à idade e outras doenças associadas, a mortalidade pode estar associada a questões não relacionadas com a arritmia. No entanto, as orientações europeias atuais não consideram nenhum limite de idade para a implementação de pacemakers.

 

Num estudo de 2019, verificou-se que existia uma elevada taxa de sobrevivência em doentes com mais de 85 anos a quem foi colocado um pacemaker. Aliás, observou-se que os fatores de risco causadores de morte eram, na sua natureza, não-cardíacos. Deste modo, os autores concluíram que a implantação de pacemakers em idosos parecia ser uma terapêutica clinicamente eficaz.

 

Noutro estudo, de 2013, as investigadoras concluíram que:

 

  • as complicações derivadas da implantação do pacemaker eram mais comuns a partir dos 90 anos, comparando com a faixa dos 70 anos;
  • os doentes com mais de 90 anos tinham maior probabilidade de falecer ainda no hospital, relativamente a doentes mais novos;
  • no entanto, as diferenças foram ínfimas e pouco significativas.

 

Ou seja, na maioria dos casos, a verdade é que os benefícios da implementação do pacemaker em idosos suplantam os riscos. Sabe-se que as pessoas que atingem os 90 anos de idade vivem, em média, ainda mais 5 anos. E que os avanços da tecnologia ajudam a que os últimos anos de vida destas pessoas melhorem significativamente. Por isso, a idade não deve ser um limite para determinar a implantação do pacemaker em idosos. Obviamente, será sempre o médico a determinar a necessidade e viabilidade da operação.

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