Saiba como calcular o IMC

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida da gordura corpora, que se aplica a homens e mulheres adultos, que serve o objetivo de calcular se o peso de um determinado individuo está dentro dos parâmetros recomendados para um peso saudável. De acordo com resultado do cálculo do IMC, o peso do indivíduo adulto pode ser classificado como magro, normal, excesso de peso ou obeso (obesidade de grau I, II ou III também chamada obesidade mórbida).

Calcular o IMC pode ser útil para prever (e prevenir!) o risco de desenvolver doenças associadas ao excesso de peso como, por exemplo, a diabetes, as doenças cardiovasculares, a insuficiência respiratória, problemas osteoarticulares, e cancro. No que diz respeito às doenças cardiovasculares, está cientificamente provado que existe uma relação linear e diretamente proporcional entre o índice de massa corporal (IMC) e vários fatores de risco para o desenvolvimento de doença, ou seja, quanto mais elevado o índice de massa corporal, maior o risco de desenvolver doença cardiovascular.

Como calcular o IMC

O IMC é calculado como a proporção entre o peso total do indivíduo (em quilogramas) dividido pelo quadrado da sua altura (em metros). O cálculo pode parecer complicado, mas não é: basta seguir apenas 3 passos!

1- Elevar a própria altura ao quadrado (altura em metros multiplicada por si mesma). Imagine que mede 1,7 metros:

Exemplo: 1.70 X 1.70 = 2.89

2- Dividir o peso (em quilos) pela altura ao quadrado. Imagine que pesa 85 kg.

Exemplo: 85 / 2.89 = 29.41

3- Comparar o valor obtido com a tabela de referência de IMC formulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a OMS uma pessoa adulta é considerada:

• Baixo peso: IMC inferior ou igual a 18,5
• Peso normal: IMC entre 18,5 e 24,9
• Pré-obesa: IMC entre 25 e 29,9
• Obesa: IMC acima de 30
  • I: IMC entre 30 e 34,9
  • II: IMC entre 35 e 39,0
  • III (obesidade mórbida): IMC superior a 40

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A obesidade como fator de risco cardiovascular

Compreender o risco de ter um IMC elevado

A classificação de obesidade mórbida é a mais perigosa para a saúde sendo associada a um risco acrescido de doenças crónicas e morte prematura. No entanto, não é apenas o último escalão do IMC a gerar um excesso de risco para a saúde. De acordo com o que hoje sabemos, a cada escalão adicional de IMC são associados níveis crescentes de tensão arterial, colesterol, e glicose no sangue em jejum.

Em suma, é considerado que as consequências adversas da adiposidade existem de forma contínua. Mesmo pequenos aumentos no peso corporal podem significar aumentos importantes no risco de doença cardiovascular no longo prazo. Um estudo com mais de 100.000 enfermeiras norte-americanas de idades entre 30 e 55 anos, observou que o risco de doença cardíaca em mulheres com IMC de 25 era o dobro do risco associado às mulheres com IMC inferior a 21.

Além do IMC existem outros fatores a ser considerados no cálculo do peso saudável de um indivíduo: tónus muscular, idade ou gravidez. O músculo é muito mais denso do que a gordura. Ou seja, os atletas e as pessoas muito musculadas podem ter um peso saudável embora o seu IMC muito elevado, classificado como obeso. A medida de IMC não é apropriada para as grávidas, pois não toma em consideração o crescimento do bebé, ou para os idosos, cujo tónus muscular é inferior a o do indivíduo adulto.

O IMC não é uma medida que deva ser considerada isoladamente. No entanto, calcular o próprio IMC é útil para um primeiro, simples e rápido diagnóstico do peso. Experimente já! Caso não estiver dentro do peso ideal tente começar a adequar a sua alimentação e a sua atividade física para conseguir um peso mais saudável.

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