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O que é o cardiodesfibrilhador implantável?

Este artigo pretende elucidar sobre o que é, como funciona, para que serve e em que situações pode ser usado o cardiodisfibrilhador implantável.

O cardiodesfibrilhador implantável (CDI) é um dispositivo colocado debaixo da pele no tórax (peito) com o objetivo de detetar e corrigir arritmias (ritmos cardíacos anormais) com origem no coração. É um dispositivo elétrico que monitoriza constantemente o coração e corrige o ritmo cardíaco quando este é anormal.

 

Quando falamos em cardiodesfibrilhador implantável falamos num sistema: o desfibrilhador e os elétrodos. O desfibrilhador corrige o ritmo cardíaco e os elétrodos levam o impulso elétrico do desfibrilhador até ao coração e transmitem informação sobre a atividade natural do coração ao desfibrilhador.

Como funciona um cardiodesfibrilador implantável?

O CDI funciona de duas formas:

 

  • Administrando terapia de cardioversão eléctrica: o cardiodesfibrilhador implantável gera um choque elétrico de alta energia, de forma sincronizada com o ritmo cardíaco a tratar, para corrigir a arritmia. Este choque pode levar a uma sensação de picada ou «pancada» no peito.
  • Administrando terapia de desfibrilhação: é a forma mais intensa de tratamento elétrico para corrigir arritmias graves e restaurar um ritmo cardíaco normal. A desfibrilhação pode causar um choque intenso e sensação de «pancada forte» no peito.

Como é inserido o cardiodesfibrilhador implantável?

O cardiodesfibrilhador implantável é inserido, através de uma pequena cirurgia, debaixo da pele (normalmente por baixo da clavícula, na parte superior externa do tórax, à esquerda) e está ligado ao ventrículo direito do coração através de uma sonda, designada por eletrocatéter. Tem duração de 5 a 7 anos.

Quando está indicado colocar um cardiodesfibrilhador implantável?

O seu médico pode sugerir a colocação de um cardiodesfibrilhador implantável se tiver:

 

  • História de doença das artérias coronárias (artérias do coração) ou enfarte do miocárdio (músculo do coração);
  • Doença do músculo cardíaco, que deixe o coração dilatado e com má função (cardiomiopatia dilatada) ou que deixe o coração demasiado desenvolvido (cardiomiopatia hipertrófica)
  • Alterações hereditárias que possam levar ao aparecimento de arritmias graves. Síndrome de Brugada, displasia arritmogénica do ventrículo direito, entre outras (e que reúnam critérios de risco).

 

Em resumo, o coração é um dos principais órgãos, sem o qual o corpo humano não funciona. Quando o ritmo cardíaco não se encontra organizado, podemos ter uma arritmia. Por outro lado, se o ritmo cardíaco está acelerado, dizemos que está taquicárdico e se está lento, bradicárdico. Se um destes ritmos anómalos afetam o coração, podemos recorrer à colocação de um cardiodesfibrilhador implantável que, através de impulsos elétricos, faz com que o ritmo cardíaco volte à normalidade.

 

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Referências
  • Sociedade Portuguesa de Cardiologia

  • DynaMed

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