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Já ouviu falar de isquemia?

O que significa isquemia? Tem consequências graves? Como e porque acontece? Hoje iremos tirar todas as dúvidas sobre este fenómeno vascular.

Isquemia é um nome que não entra no vocabulário do dia a dia. Mas se lhe falarmos de artérias? Ora, as artérias são vasos sanguíneos responsáveis por transportar sangue carregado de oxigénio. Bem como glicose (ou açúcar, fonte de energia) e outros nutrientes aos tecidos (conjuntos de células que constituem os órgãos do nosso corpo).

 

Quando uma artéria é obstruída, os tecidos irrigados por esse vaso ficam privados de oxigénio e de glicose. Este processo é que se chama isquemia. A isquemia é uma situação que pode ter consequências graves. Iremos explorá-las ao longo deste artigo.

Causas de isquemia

A principal causa de obstrução das artérias e, consequentemente, de isquemia, é a aterosclerose. A aterosclerose consiste na acumulação de gordura e colesterol nas paredes das artérias. Desta forma, formando placas (chamadas de ateromas ou placas ateroscleróticas) que causam o seu estreitamento progressivo.

 

Ao longo do tempo, podem chegar a obstruir totalmente a artéria. E, por conseguinte, levar à isquemia dos tecidos por ela irrigados. Outra ameaça das placas ateroscleróticas é que as mesmas se soltem da parede do vaso e entrem em circulação, sob a forma de trombo. Ao circularem dentro do vaso, acabam por causar a sua oclusão.

Consequências da isquemia

 

A isquemia pode ocorrer em qualquer artéria. Mas são as grandes artérias que mais nos preocupam. Bem como as que nutrem certos órgãos, como o coração ou o cérebro. Desta forma, iremos focar-nos nas consequências mais graves da isquemia:

 

Coração

 

As artérias que suprem a máquina cardíaca são as artérias coronárias. O seu estreitamento e oclusão podem provocar angina de peito ou enfarte agudo do miocárdio (o conhecido «ataque cardíaco»). Por isso, a angina de peito manifesta-se como dor no peito após o esforço ou o stresse.

 

O estreitamento das coronárias provoca uma isquémia transitória. Isto é, que acaba por reverter. Mas que é um sinal de alarme para doença arterial. Chama-se de angina instável quando ocorre com o repouso. O enfarte agudo do miocárdio é quando essa lesão isquémica não é reversível e os tecidos acabam por morrer.

 

Cérebro

 

Quando a isquemia ocorre nos tecidos cerebrais, ou seja, quando as artérias afetadas são as do cérebro (incluem-se as artérias carótidas, situadas no pescoço, e as cerebrais), ocorre um acidente vascular cerebral (AVC).  A isquemia dá-se por demasiado tempo ao ponto de a morte celular ser irreversível. Ou dá-se um acidente isquémico transitório. Tal como o nome indica, é um dano reversível e não deixa sequelas.

 

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Pernas

 

Quando a aterosclerose afeta as artérias dos membros, faz-se o diagnóstico de doença arterial periférica. Ocorre mais vezes nas pernas. E manifesta-se como dor e claudicação intermitente, por exemplo após uma caminhada (muitas vezes, até bastante curta). Num estado avançado, sem ser tratada, a doença arterial periférica pode resultar em isquemia do membro inferior. Uma condição bastante grave mas pouco frequente.

 

Intestino

 

Apesar de menos frequente, as artérias da região abdominal também podem ser afetadas. São chamadas de artérias mesentéricas. A isquemia mesentérica afeta mais frequentemente o intestino e pode provocar dor abdominal. Por exemplo após as refeições.

Fatores de risco

Sendo a principal causa de isquemia a aterosclerose, os fatores de risco incluem os comportamentos e doenças que promovem a aterosclerose. A saber:

 

  • Tabagismo.
  • Obesidade.
  • Hipertensão arterial.
  • Diabetes.
  • Dislipidemia (colesterol e triglicéridos elevados).

Como prevenir?

A prevenção passa, claro, pelo controlo dos fatores de risco. Se é fumador, pense em deixar de fumar. O tabaco é potenciador de inúmeras doenças. Entre elas os eventos cardiovasculares descritos em cima. Para além disso, é um fator para vir a desenvolver cancro (não só do pulmão, mas vários outros), problemas de fígado, rins, pele, etc. Se acha que não consegue deixar de fumar sozinho, fale com o seu médico. Com a dose certa de motivação, ele ajudá-lo-á.

 

Manter um peso saudável é igualmente uma maneira de prevenir não só a isquemia, como também outras doenças. Como tal, devemos adotar uma dieta equilibrada e praticar exercício! A ajuda de uma nutricionista e fisiologista do exercício podem ser peças fundamentais para perder peso.

 

Se tem diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes ou colesterol elevado, manter essas doenças controladas é a chave. Assim sendo:

 

  • Cumpra uma alimentação com pouco sal, açúcar, hidratos de carbono e gorduras.
  • Mantenha-se fisicamente ativo.
  • Cumpra com a medicação prescrita pelo seu médico, se for o caso.
  • Mantenha as consultas com o seu médico assistente.

 

Em suma, mantenha-se informado sobre este e tantos outros temas. Siga-nos em Diabetes 365º!

Referências
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