Fibrilhação auricular: corrigir ritmos cardíacos anómalos
Corrigir (tratar) ou mesmo prevenir ritmos cardíacos anómalos é possível. Hoje falamos de como é isso feito. E, claro, em que circunstâncias.
Ritmos cardíacos anómalos (designados por arritmias) podem ser vários e de diferentes tipos. O mais comum? A fibrilhação auricular. Mas porque é que isto acontece no nosso coração?
Porque é que o coração tem ritmo?
O coração, sendo um músculo que bombeia sangue, tem de o fazer de formas ritmada e constante. Aliás, ao olharmos para a sua anatomia percebemos bem como é que ele o faz.
O coração é composto por 4 câmaras: duas aurículas, esquerda e direita; e dois ventrículos, esquerdo e direito também. As aurículas recebem o sangue que chega ao coração e passam-no para os ventrículos. Que o bombeiam para todas as partes do corpo.
O que acontece quando há ritmos cardíacos anómalos?
Os impulsos elétricos incitam o coração a executar esta função constantemente. Mas, por vezes, dão-se erros. Por exemplo, pode acontecer que, devido a uma inapropriada atividade elétrica, as aurículas não contraiam devidamente. E o sangue deixar de ser bombeado normalmente.
É a isto que se chama fibrilhação auricular. Controlar o ritmo cardíaco passa então a ser urgente!
Controlar (ou prevenir) ritmos cardíacos anómalos
Sim, os ritmos cardíacos anómalos, e a fibrilhação auricular em particular, podem ser controlados. E, aliás, até prevenidos. Aqui, o médico irá optar por 2 grandes focos de ação: prescrever medicação ou realizar uma intervenção médica.
As intervenções médicas podem ser, na maior parte das vezes, de 3 tipos.
Colocação de um pacemaker
Aparelho que gera sinais elétricos que ajudam o coração a bombear o sangue corretamente. Assim, através de um sensor, inibe os impulsos se o ritmo cardíaco está acima de um certo nível. Se, pelo contrário, o ritmo cardíaco está abaixo de um certo nível, o pacemaker gera impulsos. Tudo por forma a substituir a função elétrica natural do músculo cardíaco.
Cardioversão Elétrica
Primeiro são colocados elétrodos no tórax para avaliar a tensão (pressão) arterial e o ritmo cardíaco. Depois, são aplicados pequenos choques elétricos no peito, sincronizados com o ritmo cardíaco do doente. Apesar de não ser doloroso, o doente estará sedado e a dormir durante alguns minutos, que é o tempo em que decorre o processo.
Ablação Cardíaca
O objetivo deste procedimento é destruir zonas que sabemos serem responsáveis pelas arritmias. Para isso, inserem-se numa veia, através da zona da virilha, tubos finos (cateteres) que geram energia quente ou fria destruindo as zonas de que falámos. Geralmente o procedimento é simples e rápido, mas pode demorar mais algum tempo em casos mais graves.
Atenção: Estes são procedimentos médicos! Além de terem alguns riscos associados. Deverá sempre informar-se com o seu médico sobre a sua condição clínica.
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Mayo Clinic. Atrial fibrillation
NHS. Atrial fibrillation
Mayo Clinic. Atrial fibrillation – Diagnosis
Mayo Clinic. Cardiac ablation
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia Espinho. Ablação de arritmias por cateter
British Heart Foundation. Heart Matters – Catheter ablation
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia Espinho. Cardioversão Elétrica
Mayo Clinic. Cardioversion
Fundação Portuguesa de Cardiologia. Tudo o que deve saber sobre arritmias
American Heart Association. Pacemaker