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Diabetes e hipertensão, um duo difícil

A diabetes é um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Neste artigo explicamos-lhe a relação entre diabetes e hipertensão.

É muito comum que as pessoas com diabetes tenham hipertensão. E são vários os fatores contribuem para que isto aconteça. Entre eles estão, por exemplo, o tipo e duração da diabetes, a idade, o controlo da glicemia e a presença de doença renal.

Relação entre hipertensão e diabetes

Existe uma relação muito próxima entre hipertensão e diabetes. Por um lado, a diabetes causa lesões nos vasos sanguíneos que levam à hipertensão. Por outro lado, a hipertensão é a principal causa de morbilidade e mortalidade das pessoas com diabetes. Além disso, ambas partilham fatores de risco comuns. Deste modo, é natural que muitas vezes apareçam em simultâneo.

 

Um círculo vicioso

 

De uma forma muito simples, a hipertensão acontece quando existem danos ou obstáculos nos vasos sanguíneos. A perda de elasticidade das paredes dos vasos ou a presença de coágulos ou depósitos de colesterol dificultam a passagem do sangue. Este tem de se «esforçar» mais por passar. Este aumento da força, causa o aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos. Isto é a hipertensão (tensão alta).

 

Por outro lado, a diabetes caracteriza-se pela impossibilidade do nosso corpo em fazer com que a glicose (açúcar) que obtemos dos alimentos entre nas células. Ao não conseguir entrar nas células, esta glicose mantém-se em circulação no sangue. Por isso, causa hiperglicemias. Ou seja, níveis elevados de glicose no sangue. Esta glicose em excesso causa danos nos vasos sanguíneos e nos rins. Ambos são fundamentais para manter o equilíbrio da pressão arterial. Ao estarem danificados, acabam por levar à hipertensão:

 

  • as paredes dos vasos perdem elasticidade: perdem a habilidade de se contrair e, assim, de dar impulso ao sangue;

 

  • os danos nos rins causam acumulação de fluidos, que não são excretados de forma eficiente e causam hipertensão;

 

  • acredita-se que a resistência à insulina, característica da diabetes tipo 2, possa estar relacionada com processos que aumentam o risco de hipertensão;

 

Por sua vez, os mecanismos de inflamação e stresse oxidativo ligados à hipertensão, bem como outros fatores de risco e doenças como a diabetes podem favorecer o aparecimento ou agravamento da diabetes tipo 2.

 

Diabetes e hipertensão: uma conjugação de complicações

 

Estudos demonstram que cerca de 30% dos diabéticos tipo 1 e 50 a 80% dos diabéticos tipo 2 têm hipertensão. A hipertensão nas pessoas com diabetes pode aumentar o risco de complicações. Por exemplo, de retinopatia diabética, doença cardiovascular e doença renal.

 

Assim sendo, é essencial monitorizar a pressão arterial das pessoas com diabetes. Este é, aliás, um dos parâmetros a controlar durante o acompanhamento. Por outro lado, um bom controlo da glicemia também pode prevenir ou atrasar o aparecimento de complicações mais graves.

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Prevenção e tratamento

 

Apesar de uma estreita relação, ter hipertensão não significa que vá ter diabetes. Ter diabetes também não significa necessariamente que venha a ter hipertensão. Se for diagnosticado com alguma destas condições, adote as seguintes medidas:

 

  • Siga à risca as indicações dadas pelo médico. Tome a medicação, faça check-ups regulares, coloque todas as perguntas de que se lembrar.

 

  • Se tiver diabetes, controle a sua glicemia. Se não tiver, faça análises regulares (anualmente) para detetar a tempo qualquer alteração nos valores.

 

  • Não fume e evite o consumo de álcool.

 

  • Adote uma alimentação saudável, privilegiando os alimentos «reais». Evite alimentos ultraprocessados, com açúcares adicionados e com excesso de gorduras. Evite o consumo de sal.

 

  • Pratique atividade física de forma regular – 4 a 5 vezes por semana.

 

  • Perca peso, se estiver acima do recomendado. Consulte o seu médico e um nutricionista para que o possam ajudar.

 

Diabetes e hipertensão são doenças intimamente relacionadas. É provável e frequente que coexistam. No entanto, com o plano de tratamento farmacológico adequado, um bom acompanhamento médico e a adoção de estilos de vida saudáveis, é possível atrasar ou evitar o aparecimento de complicações.

 

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