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Como se faz o tratamento da pré-diabetes?

A pré-diabetes é um estado de alto risco para vir desenvolver diabetes no futuro. Após o diagnóstico, o que podemos fazer? Existe tratamento?

A pré-diabetes é um estado de alto risco de vir a desenvolver diabetes. Ou seja, representa um conjunto de alterações que podem prever o aparecimento de diabetes no futuro. A boa notícia é que existe tratamento, que iremos explorar hoje.

Pré-diabetes: o que é?

Antes de focarmos no tratamento da pré-diabetes, é importante contextualizar sobre o que é a pré-diabetes. É uma alteração no metabolismo da glicose (isto é, do açúcar) no sangue, sem que signifique necessariamente diabetes. Pode nunca evoluir para diabetes, mas é como se de um alerta se tratasse. Isto significa que, se não tratarmos este problema, podemos vir a desenvolver diabetes no futuro.

 

Através de análises clínicas, conseguimos diagnosticar os 2 tipos de pré-diabetes que existem, que são:

 

Anomalia da Glicemia de Jejum

 

A anomalia da glicémia em jejum é quando o valor do açúcar em jejum se encontra acima de 110 mg/dL mas abaixo de 126 mg/dL. Acima desse valor, é necessário repetir a análise para confirmar o diagnóstico de diabetes! Significa que o valor do açúcar em jejum é mais alto que o desejável para uma pessoa saudável.

 

Tolerância Diminuída à Glicose

 

Neste caso, os valores do açúcar estão anormalmente altos depois da refeição. É diagnosticada através da Prova de Tolerância Glicose Oral (PTGO), na qual se mede o valor de açúcar no sangue antes e depois de se beber uma bebida muito açucarada. Se os valores do açúcar estiverem entre 140 e 200 mg/dL após 2 horas da prova, dizemos que estamos perante uma tolerância diminuída à glicose.

Existem sintomas?

A pré-diabetes é uma condição silenciosa, pois não apresenta sintomas. A única maneira de fazer o diagnóstico é através de análises clínicas. Os fatores de risco são os mesmos para a diabetes, e incluem:

 

  • História familiar de diabetes tipo 2;
  • História de diabetes gestacional no passado;
  • Excesso de peso ou obesidade;
  • Algumas doenças relacionadas com obesidade, como: síndrome metabólica, esteatose hepática (conhecida como «fígado gordo») ou síndrome do ovário poliquístico.
  • Dieta pouco saudável, principalmente se houver um alto consumo de carne processada ou de refrigerantes;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo.
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O peso do tabagismo no risco cardiovascular

Qual o tratamento da pré-diabetes?

O tratamento da pré-diabetes inclui, tal como o tratamento da diabetes, mudanças no estilo de vida. Entre elas, as mais importantes são:

 

  • Dieta equilibrada, rica em legumes e fibras, e pobre em gorduras e alimentos processados;
  • Perda de peso;
  • Atividade física, com vista a combater o sedentarismo (idealmente 30 minutos por dia);
  • Deixar de fumar, se for o caso.

 

Em complemento com um estilo de vida saudável, existem medicamentos que fazem parte do tratamento da pré-diabetes. Para utentes com obesidade, a cirurgia bariátrica pode ser considerada, para ajudar na perda de peso.

 

Se possui algum fator de risco para vir a desenvolver diabetes, é fundamental que visite o seu médico e faça análises periódicas. Caso seja feito o diagnóstico de pré-diabetes, um tratamento atempado, com dieta, atividade física ou medicação, podem ser a chave para prevenir o aparecimento de diabetes.

 

Por fim, junte-se à comunidade Cardio 365º!

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