Cardiopatia isquémica: o que é?
Cardiopatia isquémica é um termo complicado, mas é por isso mesmo que a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) explica tudinho, de uma forma fácil de compreender.
A cardiopatia isquémica é um problema de saúde em que há uma redução do fluxo de sangue que chega ao coração. Afinal, isquemia representa isso mesmo: uma parte do organismo que fica privada de sangue. Neste caso trata-se do coração.
Cardiopatia isquémica: o que acontece?
Pense num motor de um automóvel. O combustível é essencial para que o carro trabalhe. A gasolina está no depósito e é transportada ao motor por um tubo que por vezes com a idade fica «sujo» por dentro. E mesmo que não fique completamente entupido, a quantidade de combustível que chega ao motor não é suficiente para as suas necessidades.
Assim, enquanto o motor está em repouso, o motor trabalha bem porque não há um esforço de irrigação do motor. No entanto, quando se acelera ou quando se exige mais esforço por parte do motor, aí a gasolina que o tubo faculta ao motor é insuficiente e o motor perde a força, «gagueja» e pode mesmo ir-se abaixo.
Em suma, é isto que acontece na cardiopatia isquémica. Ocorre quando as coronárias estão ligeiramente entupidas e o fluxo de sangue que chega ao coração está limitado. Assim sendo, quando exigimos mais do nosso coração devido a um esforço ele pode «gaguejar», trabalhar mal ou pode mesmo «ir-se abaixo».
E o que sentimos?
A angina de peito. Caracteriza-se por uma dor, opressão, peso no peito quando o coração quer trabalhar e o oxigénio que lhe chega pelas artérias coronárias é insuficiente. A dor surge, o cansaço torna-se mais fácil e pode até parar de trabalhar.
No carro, temos que levar à oficina e eventualmente substitui-se o tubo da gasolina. No nosso coração, podemos ter que colocar um bypass ou colocar um stent. O nosso motor é mais delicado e requer outros cuidados. O problema é que no nosso carro andamos sempre com mil cuidados, no nosso motor somos por vezes descuidados e só nos lembramos quando o problema está instalado.
Assim sendo, em caso de dúvidas, fale com o seu médico assistente. Ele poderá avaliar o seu estado de saúde, fazer os exames de diagnóstico necessários e sugerir uma estratégia de tratamento adequada para si.
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