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Aneurisma cerebral: uma preocupação constante?

Será que um aneurisma cerebral é mesmo uma bomba relógio prestes a rebentar? Leia este artigo para saber mais.

Ouvir as palavras «aneurisma cerebral» impõe respeito. Dá até algum medo. Parece algo que ocorre de forma repentina e inesperada e que causa inevitavelmente a morte da pessoa. Mas será que é mesmo assim?

O que é um aneurisma cerebral

Um aneurisma cerebral é uma saliência num vaso sanguíneo do cérebro. Esta saliência pode ter o tamanho de uma pequena baga e forma-se devido ao enfraquecimento de uma zona da parede desse vaso. O sangue vai passando nessa zona e, devido à pressão que exerce, «empurra» a parede para fora. Com o passar do tempo, surge a saliência. É como se se fizesse um pequeno balão de pastilha elástica.

 

Os aneurismas cerebrais podem acontecer a qualquer pessoa, em qualquer idade. No entanto, são mais comuns entre os 30 e os 60 anos e nas mulheres.

 

Normalmente, os aneurismas cerebrais só causam sintomas graves quando rebentam. Isto porque causam uma hemorragia no cérebro que pode comprometer as suas funções. Ou seja, o aneurisma não é um vaso em que tudo está bem e que de repente se rompe. Ele pode existir durante anos sem nunca causar problemas nem sintomas. Muitas pessoas vivem vidas longas e saudáveis sem nunca saberem que tinham um aneurisma cerebral.

 

O  crescimento dessa pequena «massa», em contrapartida, pode afetar algumas partes do cérebro e causar sintomas mesmo sem rebentar.

 

Sintomas mais comuns

 

Quando um aneurisma se rompe, o sangue no seu interior e aquele que passava no vaso em questão, «inunda» o cérebro. Visto que esta é uma situação de emergência, precisa de cuidados imediatos. Os sintomas característicos, são:

 

  • Dor de cabeça extremamente intensa (agonizante) e repentina;
  • Perda de consciência;
  • Náuseas e vómitos;
  • Tonturas;
  • Perda de equilíbrio ao andar;
  • Rigidez do pescoço;
  • Pupilas dilatadas;
  • Sensibilidade à luz;
  • Visão turva ou duplicada;
  • Pálpebra caída;
  • Confusão;
  • Convulsões;
  • Paragem cardíaca.

 

Como dissemos acima, a maioria dos aneurismas cerebrais nunca causam sintomas. No entanto, isto depende da área do cérebro onde se localizam e do seu tamanho. Se pressionarem algum nervo ou mesmo o próprio tecido do cérebro, alguns aneurismas intactos podem causar:

 

  • Dores de cabeça;
  • Pupilas dilatadas;
  • Visão turva ou duplicada;
  • Dor aguda acima e atrás de um olho;
  • Pálpebra caída;
  • Dificuldade na fala;
  • Fraqueza e adormecimento de um dos lados da face.

 

Uma dor de cabeça repentina e extremamente intensa também pode ser sinal de um aneurisma que tem uma fuga e pode estar prestes a romper. Chama-se hemorragia sentinela ou dor de cabeça de aviso, porque dá o alerta de que algo não está bem. No entanto, muito poucas pessoas têm esta dor de cabeça de aviso antes da rutura do aneurisma.

 

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Causas e complicações de um aneurisma

Causas do aneurisma cerebral

Os aneurismas tendem a formar-se nas zonas em que os vasos sanguíneos se ramificam. Sobretudo porque estas zonas são normalmente mais fracas.

 

Fatores de risco

 

O tabagismo e a pressão arterial elevada (tensão alta) são os 2 fatores que mais aumentam o risco de ter um aneurisma cerebral. Contudo, outros fatores, incluem:

 

  • Aterosclerose;
  • Doenças que afetem os vasos sanguíneos;
  • Traumatismos cranianos ou outro tipo de danos na zona da cabeça;
  • Infeções;
  • Tumores na cabeça e pescoço;
  • Defeitos de nascimento;
  • História familiar de aneurisma cerebral;
  • Alcoolismo;
  • Consumo frequente de drogas, principalmente cocaína e anfetaminas.

Tratamento

Um aneurisma que não tenha rompido, pode nunca ser tratado, a não ser que o médico o determine. Isto só ocorre se existir um grande risco de vir a rebentar e se a localização, tamanho e estado geral de saúde da pessoa o permitirem. Então, o mais normal será uma cirurgia para interromper o fluxo de sangue para o aneurisma.

 

Por outro lado, com a deteção de um aneurisma, são recomendadas mudanças do estilo de vida. Sobretudo, deixar de fumar, não consumir drogas estimulantes, reduzir a cafeína e o álcool e evitar exercício físico muito intenso são algumas delas.

 

Assim, no caso de um aneurisma que se rompe, a cirurgia para tentar parar e drenar a hemorragia é a única alternativa. Esta situação coloca a vida em risco e pode deixar sequelas graves, dependendo da área do cérebro afetada e do tempo decorrido sem se reverter a situação.

 

Como vê, raramente um aneurisma é uma bomba relógio. Muitas pessoas vivem uma vida inteira sem nunca se aperceberem da sua existência. A sua deteção pode dever-se à manifestação de sintomas ou devido a exames para outras patologias, que acabam por revelar a sua presença. A adoção de um estilo de vida saudável, principalmente o não fumar e controlar a pressão arterial, bem como as revisões médicas de rotina, são a melhor prevenção.

 

Por fim, nada melhor que se junar ao clube, que é como quem diz: a nossa comunidade Cardio 365º!

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