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Problemas cardiovasculares: 7 sinais que não deve ignorar

A maioria dos problemas cardiovasculares não surge de repente. Desenvolve-se ao longo do tempo e pode emitir sinais que, apesar de pouco evidentes e de se confundirem com outros problemas de saúde, podem servir de alerta para a possibilidade de um futuro enfarte agudo do miocárdio ou AVC. Esteja atento.

Quando se trata de problemas cardiovasculares, quanto mais cedo forem identificados melhor será o prognóstico. No entanto, parte importante das patologias do foro cardiovascular podem manter-se sem (ou com pouca) sintomatologia durante muito tempo. É, por isso, importante ter acesso a consultas regulares com o médico de família, mesmo na ausência de sintomas.

 

Além disso, deve estar atento aos sinais que o seu corpo emite. É que, os problemas cardiovasculares nem sempre surgem de repente. Desenvolvem-se (e agravam-se) ao longo do tempo. No enatnto, podem emitir sinais. Estes, apesar de pouco evidentes e de se poderem confundir com outros problemas de saúde, podem servir de alerta para a possibilidade de um futuro evento majo, como sejam o enfarte agudo do miocárdio o AVC ou a morte súbita.

7 sinais que podem ser «alerta» para problemas cardiovasculares

Conheça os sintomas que não pode ignorar – desde a falta de ar à disfunção erétil – e saiba o que tem de fazer.

 

1. Falta de ar (ou dispneia)

 

A sensação de não conseguir respirar o suficiente pode ocorrer durante a atividade física e ser normal, mas também pode acontecer em repouso e ser uma manifestação de problemas cardiovasculares. Neste caso, a falta de ar pode ocorrer porque o coração não está a bombear o sangue de forma eficaz e este acaba por sobrecarregar os pulmões. Este é um sintoma muito comum em pessoas com insuficiência cardíaca. Tende a agravar no período da noite e quando está deitado, podendo precisar de mais almofadas para sustentar o tronco e, assim, facilitar a respiração.

 

Fale com o seu médico

 

Se a falta de ar persistir ou aumentar, ou se tolerar cada vez menos atividade física, deve contactar o seu médico. Além disso, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) alerta que «acordar devido à falta de ar é grave». Aconselhe-se com o seu médico. Se sentir falta de ar súbita com dor no peito, sintomas compatíveis com ataque cardíaco, procure ajuda médica urgente, recomenda a Sociedade Europeia de Cardiologia.

 

2. Dor no peito

 

A dor no peito ocorre quando o fornecimento de sangue ao coração é insuficiente, habitualmente devido ao estreitamento das artérias coronárias. «A essa dor chama-se angina de peito e é normalmente um sintoma de doença coronária», lê-se no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Habitualmente, a dor da angina dura apenas alguns minutos. «Ocorre mais frequentemente durante o exercício físico, mas pode ser desencadeada por outras situações, como stresse, emoções fortes como raiva ou excitação, temperaturas baixas ou vento, ou a ingestão de uma maior quantidade de comida à refeição. Outros sintomas associados à angina de peito incluem a falta de ar, sensação de asfixia/sufoco, suores, má disposição com náuseas ou exaustão», explica-se no site da Direção-Geral da Saúde (DGS).

 

Fale com o seu médico

 

Se suspeitar que sofre de angina de peito contacte o seu médico assistente.

 

3. Palpitações

 

As palpitações são o fenómeno que ocorre quando temos a sensação de que o coração está a bater de forma mais rápida (ou até lenta), por vezes irregular, estando a pessoa mais consciente do seu batimento cardíaco do que habitualmente (“sinto o coração a latejar”). «Normalmente, as palpitações duram alguns segundos ou minutos, mas também podem ser prolongadas», explica a Sociedade Europeia de Cardiologia. Geralmente são inofensivas. «As pessoas tendem a ter mais consciência dos batimentos cardíacos quando estão tensas. A cafeína, o tabagismo, o álcool e as drogas ilícitas podem originar palpitações. Outras causas são alterações hormonais, emoções fortes, exercícios extenuantes e determinados medicamentos», refere a mesma fonte.

 

Fale com o seu médico

 

«Reduzir ou evitar a causa deve pôr fim às palpitações, mas procure aconselhamento», recomenda a Sociedade Europeia de Cardiologia. Deve procurar assistência médica «se as palpitações persistirem, aumentarem de frequência ou estiverem associadas a outros sintomas, como tonturas», acrescenta a mesma fonte. Extrassístoles (batimentos cardíacos fora de tempo) e fibrilhação auricular são 2 dos problemas cardiovasculares que podem provocar palpitações. Ambos têm tratamento com bons resultados.

 

4. Inchaço dos pés e pernas

 

O inchaço das pernas e tornozelos pode ser um sinal de que o coração não está a bombear o sangue tão eficazmente quanto deveria (insuficiência cardíaca). Isto faz com que o sangue se acumule nas veias, provocando extravasão de volume para as pernas, levando ao inchaço. A insuficiência cardíaca pode também fazer com que os rins tenham mais dificuldade em remover a água e o sal em excesso do organismo, o que contribui para agravar o inchaço.

 

«É provável que note o inchaço nas pernas e nos tornozelos ao fim do dia, porque a gravidade aumenta a quantidade e a pressão do sangue nas veias dos membros inferiores», refere a Sociedade Portuguesa de Cardiologia. «Deitar-se e descansar um pouco, normalmente ajuda a reduzir o inchaço», acrescenta a mesma fonte.

 

Fale com o seu médico

 

Se notar um aumento do inchaço nas pernas e tornozelos a agravar-se progressivamente, deverá contactar o seu médico.

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5. Tonturas e síncope (desmaio)

 

Podem ter muitas causas e nem sempre estão relacionadas com problemas cardiovasculares. «A pressão arterial baixa é a causa mais comum e muitas vezes afeta adolescentes e mulheres jovens», indica a Sociedade Europeia de Cardiologia. «A sensação de desmaio e as tonturas poderão ser causadas pela redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Normalmente, a perda súbita de consciência indica que o fornecimento de sangue para o cérebro foi gravemente reduzido, o que pode acontecer quando a frequência cardíaca é demasiado lenta ou demasiado rápida ou o ritmo cardíaco é muito irregular ou mesmo quando o coração não consegue bombear sangue adequadamente porque o fluxo está dificultado, por exemplo devido ao estreitamento de uma válvula cardíaca ou de uma artéria. Também pode dever-se a um ataque cardíaco», alerta a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

 

O que fazer

 

«Se sentir tonturas deite-se, beba um copo de água e ingira um pouco de açúcar, se possível. Se não recuperar passados alguns minutos ou se começar também a sentir palpitações ou apresentar outros sinais de alerta de ataque cardíaco (como dor no peito ou desconforto), procure assistência médica urgente», recomenda a Sociedade Europeia de Cardiologia. Igualmente, «se desmaiar, visite o seu médico para excluir outras causas, que podem ser variadas, como distúrbios do ritmo cardíaco, vasos sanguíneos obstruídos, problemas nas válvulas cardíacas e doenças do âmbito neurológico ou outras», recomenda a Sociedade Europeia de Cardiologia.

 

6. Tosse noturna

 

Na maioria dos casos, não é um sinal de problemas cardiovasculares. Mas se tem uma doença cardíaca ou tem risco cardiovascular, deve estar atento. Uma tosse que não passa e produz muco espumoso branco ou rosa pode ser sinal de insuficiência cardíaca. «Isto acontece quando o coração não bombeia o sangue de forma eficiente, levando a que este se acumule a nível pulmonar », explicam os especialistas do site WebMD.

 

Fale com o seu médico

 

Se tem uma tosse sem causa aparente que não passa, peça ao seu médico que investigue a sua origem.

 

7. Disfunção erétil

 

Uma má capacidade erétil pode ser um marcador de problemas cardíacos e vasculares, que convém diagnosticar e tratar. «É fácil perceber porquê. No caso das doenças arteriais, as artérias têm uma camada celular interior, um forro, chamado endotélio, que é o primeiro atingido nas doenças vasculares. Como o tabagismo altera a elasticidade do endotélio e esta camada celular está em contacto com a passagem do sangue, estas perturbações vão interferir na chegada do sangue aos órgãos. O que ocorre nas artérias do pénis ocorre também nas do coração, mas, por serem ligeiramente mais estreitas, as artérias do pénis são mais sensíveis a esses efeitos, pelo que os sintomas podem ser observados primeiro a nível peniano», explicou o médico urologista Nuno Monteiro Pereira.

 

Fale com o seu médico

 

«Uma situação ocasional ou de curta duração pode ser causada por cansaço, ansiedade ou falta de confiança e muitas vezes resolve-se por si. Já a disfunção continuada (por mais de 3 meses), pode ter tendência a piorar», explica o médico urologista. Nestes casos, tem-se sempre de estudar o coração. «Seguramente mais de 30 a 40 por cento dos homens com disfunção erétil podem ter problemas cardíacos», refere o especialista.

 

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Referências
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