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Sal e hipertensão: afinal porque é que faz mal?

Se sofre de hipertensão, provavelmente já terá ouvido que o «sal faz mal». Mas ao quê? E, ainda melhor, porquê? Descubra neste artigo.

A evidência atual sugere uma relação direta entre o consumo de sal e os valores da tensão Saiba que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define o consumo excessivo de sal como superior a 5 g por dia? Mas o sal é essencial à vida humana, o que torna a frase «o sal faz mal» falaciosa e incompleta. Afinal, deveria dizer-se «o sal em excesso faz mal», particularmente quando falamos de pessoas com pressão arterial alta.

O que faz então com que sal e hipertensão seja uma «relação complicada»?

O sal é constituído por dois compostos, cloreto e sódio, sendo o sódio o principal responsável pelos efeitos nefastos do sal, bem como pelo seu envolvimento em processos metabólicos.

 

O sal está envolvido no seguintes processos natriurese (excreção de sal pela urina) e diurese (formação de urina pelos rins). Além disso, ajuda a regular o volume extracelular (fora das células). Assim sendo, a retenção de sal no volume extracelular leva a um aumento do volume cardíaco bombeado e uma perfusão sanguínea nos tecidos que excede as necessidades do organismo.

 

É ainda essencial para um processo chamado equilíbrio osmótico, onde o sal é responsável pela água absorvida ou excretada pelo organismo. Este processo que ocorre sobretudo nos rins afeta e muito a pressão arterial, pois envolve um aumento ou decréscimo do volume de sangue bombeado pelo coração.

 

O consumo excessivo de sal

 

O consumo excessivo de sal pode provocar retenção de líquidos, levando a que ocorra:

 

  • excesso de fluídos nos vasos arteriais;
  • aumento da pressão arterial nas artérias renais
  • excreção excessiva de sal e água.

 

Esta pressão pode levar a uma remodelação dos capilares sanguíneos. O elevado consumo de sódio sob a forma de sal associado à hipertensão pode ainda trazer outros problemas de saúde como inflamação dos capilares e remodelações anatómicas. Cumulativamente, o consumo excessivo de sal, leva ao aumento da pressão arterial, mesmo que a pessoa não sofra de hipertensão.

 

De acordo com estudos conduzidos em Portugal, se cada indivíduo consumir menos 2 g de sal diariamente, a taxa de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) teria um decréscimo de 30 a 40% nos 5 anos subsequentes. Ou seja, em média, ocorreriam menos 11 000 casos por ano em Portugal. Globalmente, o consumo excessivo de sal é responsável por 2,3 milhões de mortes anualmente.

 

Por isso, se sofre de hipertensão, não se esqueça de vigiar o sal na sua alimentação e de ler os rótulos com todo o cuidado, de forma a não consumir demasiado sal, prejudicando assim a sua saúde cardiovascular.

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