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Aprender a viver com hipertensão arterial

A hipertensão arterial é uma doença crónica e, por isso, acompanha a pessoa toda a vida. No entanto, é possível controlar a hipertensão com a adoção de um estilo de vida saudável e com o tratamento adequado. Saiba como vigiar os valores da pressão arterial e interpretar os resultados.

O nosso coração bombeia o sangue para todo o corpo através das artérias. A pressão arterial mede a força com que o sangue circula pelo interior das artérias. Assim sendo, a hipertensão arterial surge quando a pressão do sangue se torna muito alta, ficando acima dos valores normais. Quando a pressão arterial se mantém alta durante muito tempo, isso pode provocar lesões em alguns órgãos:

 

  • Coração: enfarte agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca
  • Cérebro: acidente vascular cerebral (AVC) e aneurisma
  • Outros: insuficiência renal, perda gradual da visão, impotência/disfunção sexual

 

Infelizmente, a hipertensão é uma doença crónica, o que significa que acompanhará a pessoa ao longo da sua vida. O que é que isto significa? Que o controlo e o tratamento da doença se irão prolongar no tempo, requerendo a máxima atenção da pessoa. É, por isso, que é tão importante saber reconhecer os sintomas e prevenir o seu aparecimento.

Sintomas de alerta

A hipertensão arterial, que afeta 1 em cada 3 portugueses, é uma doença silenciosa que pode não provocar qualquer sintoma nos primeiros anos de doença! Os sintomas tendem a surgir quando há complicações, derivadas de um mau controlo da doença ou de demasiado tempo de evolução. Os mais comuns são os seguintes:

 

  • dor de cabeça
  • tonturas
  • enjoo
  • visão desfocada
  • dor no peito
  • sensação de falta de ar

Aprender a viver com hipertensão

Como prevenir a hipertensão arterial e os seus malefícios?

 

Antes de mais, descubra se está em risco. Estes são alguns dos fatores de risco que favorecem a hipertensão arterial:

 

  • Consumo excessivo de sal
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Comidas gordurosas
  • Abuso de álcool
  • Tabagismo
  • Stresse
  • Existência de antecedentes familiares com a doença

 

Logo a prevenção da doença passa por promover os seguintes comportamentos:

 

  • Diminuir o consumo de sal às refeições
  • Dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor em gorduras
  • Consumo moderado de álcool
  • Deixar de fumar
  • Praticar exercício físico
  • Redução do peso
  • Vigiar regularmente a pressão arterial
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Acha que sabe tudo sobre a tensão arterial?

Como vigiar a pressão arterial?

 

A única forma de saber se tem pressão arterial alta é avaliá-la regularmente, seguindo os seguintes passos:

 

  • Passo 1: ter um medidor de pressão arterial.

Se não tiver acesso a um bom medidor de pressão arterial em casa, procure obtê-lo numa farmácia. Idealmente deve ser um aparelho automático de medição no braço.

 

  • Passo 2: estar calmo e sentado.

Avalie a pressão arterial após 5 minutos de descanso, num ambiente calmo. Deve estar na posição sentada, com as costas apoiadas e o braço ao nível do coração.

 

Passo 3: registar os valores e comparar com os valores normais.

Registe as medições efetuadas, bem como o dia e a hora. Se a sua pressão arterial estiver alta, deve procurar ajuda de um médico e mostrar-lhe os registos.

Como saber se temos hipertensão?

Os valores de pressão arterial sistólica (ou a chamada «máxima») não devem ultrapassar os 135 mmHg e os valores da pressão arterial diastólica (ou a chamada «mínima») não devem ser superiores a 85 mmHg, na medição realizada em casa (em consultório os limites são respectivamente 140mmHg e 90mmHg). Se a pressão arterial estiver alta deve fazer uma nova medição passados alguns minutos.  Não esqueça que o exercício, o tabaco, o café ou a bexiga cheia podem aumentar a PA (deve evitá-los nos 30 minutos que antecedem uma medição).

 

Paralelamente, é aconselhável que a avaliação seja feita pelo menos durante 3 a 4 dias (preferencialmente durante 7 dias consecutivos) e em 2 períodos do dia: de manhã e à tarde. Os resultados dessa avaliação devem ser interpretados segundo a tabela resumo abaixo:

 

 

No entanto, não deixe de consultar o seu médico e confirmar quais os valores de referência para o seu caso particular, bem como quais as melhores estratégias de tratamento.

 

Por fim, junte-se à comunidade Cardio 365º!

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